À espera de reciclagem, cápsulas de café sobrecarregam aterros sanitários

A reciclagem das famosas cápsulas de café ainda não funciona bem no Brasil. Além da borra do café, a maior parte das cápsulas é feita de diferentes plásticos, alumínios e papel. Essa composição praticamente inviabiliza a sua reciclagem por causa da difícil separação dos materiais, segundo a professora de gestão ambiental da USP Sylmara Gonçalves Dias.

No entanto, o problema não é exclusivo do Brasil. Muitos países tem questionado o resíduo gerado por essas cápsulas e a empresa criadora prometeu embalagens 100% recicláveis até 2020. Da mesma forma, a suíça Nespresso também assumiu a meta de reciclagem de todas as cápsulas da marca até o mesmo ano. A máquina para separar os componentes da cápsula criada pela empresa foi desenvolvida no Brasil: enquanto o alumínio vai para a indústria de transformação, a borra de café vira adubo. Por enquanto a geração de resíduos ainda é proporcional ao volume de vendas.

A cidade de Hamburgo, na Alemanha, optou por uma solução mais radical e baniu qualquer versão do produto em seus prédios públicos, a fim de buscar alternativas de menor impacto ambiental.

De fato, o consumidor tem grande importância nesse caso. A mudança de conduta de empresas e governos acontece mais rápido quando o consumidor se posiciona, opina Miguel Moraes, da IUCN (internacional Union for The Conservation of Nature), ONG que desenvolve programas de práticas sustentáveis na cadeia fornecedora de café.

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