Curitibano afirma que quer ‘resgatar o ritual’ de produção da bebida sem usar energia elétrica. O preço, porém, é alto

O ritual de preparar e tomar café em casa, hoje, tem pouco de artesanato e muito de tecnologia. Cafeteiras caseiras são práticas, bonitas e, usando apenas energia elétrica e cápsulas, produzem um café que satisfaz boa parte das nossas necessidades quanto à bebida.

O designer curitibano Maycon Aram quer subverter parte desse processo. Ele está tentando, por meio de financiamento coletivo, viabilizar a produção de uma cafeteira que promete ser versátil, além de resgatar o ritual do preparo do café – e sem energia elétrica.

“Eu tomo uns dois cafés por dia. Ele não me acorda, mas o ritual do preparo é que me anima”, afirma. A cafeteira projetada por Aram, feita em madeira e aço, precisa só de pó de café e água quente para funcionar, e foi projetada para ser portátil.

Segundo o designer, com pressões diferentes na manivela, o usuário pode controlar a intensidade do café, o que resulta em diferentes texturas, aromas e sabores.

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A questão ambiental

Aram diz que a ideia é ter um produto que gere menos resíduos ambientais. O descarte de cápsulas de café se tornou questão ambiental nos últimos anos.

Em fevereiro de 2016, a cidade de Hamburgo, na Alemanha, adotou uma política pública drástica para minimizar o impacto do lixo gerado pelo descarte de cápsulas: a cidade proibiu cafeteiras do tipo em prédios públicos.

Além da ausência de cápsulas, ele garante que as cafeteiras serão produzidas a partir de matéria-prima local, de pequenos produtores. Outra promessa é a durabilidade da máquina.  “De três em três anos é preciso trocar as vedações de silicone. Mas a ideia foi construir uma cafeteira que pudesse ser passada de pai para filho”, diz.

Foto: Divulgação

A cafeteira projetada por Aram, feita em madeira e aço, precisa só de pó de café e água quente para funcionar

A cafeteira foi produzida com consultoria de baristas e já ganhou prêmios de design de produto. O projeto, que pretende arrecadar R$ 35 mil para dar início à produção, já chegou em pouco mais de 20 mil.

Preço alto

A cafeteira de Aram é cara. Em contribuições a partir de R$ 621, a recompensa para quem ajudar no financiamento é a própria cafeteira.

A versão com a base de bancada sai por R$ 879, cerca de três vezes mais cara do que uma máquina eletrônica, que funciona com cápsulas.

 

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